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galinha dos ovos de ouro! Assassinada pela tributação
excessiva, pelo corporativismo exacerbado e pela falta de planejamento
de longo prazo.
Tal e qual na fábula da galinha dos ovos de ouro, que teve
o ventre aberto pelo ganancioso que desejava enriquecer-se de maneira
rápida e sem esforços, estamos assistindo ao assassinato
da nossa economia por uma combinação de fatores, frutos
do atual oportunismo de alguns, e de décadas de falta de planejamento,
de excessivos privilégios a determinadas classes e de descaso
com as contas públicas, para não falarmos da corrupção
cujos poucos crimes descobertos nos são apresentados por governos
de paraísos fiscais.
A economia não se move, não se desenvolve, simplesmente
por não haver consumidores com renda discricionária,
aquela parte da renda destinada ao supérfluo e / ou à
poupança. Não há dinheiro na praça, pelo
menos a um preço compatível com o retorno proporcionado
por investimentos produtivos, suficiente para gerar crescimento.
Os governos, nos três níveis, são forçados
a trabalhar com elevada carga tributária a fim de bancar déficit
de caixa, gerado por privilégios garantidos por leis feitas
em causa própria por alguns em benefício de alguns,
elevando, desta forma, o preço do dinheiro, também chamado
de juros.
Aos bancos é muito mais seguro emprestar ao governo do que
ao empresariado, posto que o Estado não pode baixar as portas
e possui renda assegurada através da tributação.
Assim, sem recursos para investir ou bancar o giro, as empresas não
crescem, não geram empregos, ao mesmo tempo em que os preços
se mantém elevados pois a carga tributária que incide
sobre eles é astronômica.
Quando o governo propõe reformas que possam vir a reduzir o
seu déficit e, por tabela, a demanda por dinheiro, alguns poucos
privilegiados se agarram em “direitos adquiridos” sem
querer lembrar que certas leis foram criadas, na maior parte, por
legisladores que têm a mesma formação que os beneficiados
ou que se relacionam com eles freqüentemente, através
de processos julgados por uns, defendidos por outros e cujos réus
são, muitas vezes, os próprios legisladores.
Da mesma forma, quando vemos oportunistas travestidos de miseráveis,
incitar a multidão a desrespeitar leis e direitos com o fito
de fazer valer sua vontade, invadindo e destruindo simplesmente para
intimidar e se beneficiar de tais atos, só podemos esperar
que os já minguados investimentos se afastem ainda mais, pois
quem ousaria investir onde prevalece a violência, a intimidação
e a visão míope dos que crêem ser possível
usufruir de um padrão de vida razoável praticando agricultura
de subsistência e escambos. Isto assim posto para não
dizer que a massa é apenas usada como plataforma por aqueles
que desejam aparecer como defensores dos miseráveis até
o momento em que consigam ser eleitos e aí....bem, aí
é outra estória.
Enquanto isso, a pobre galinha dos ovos de ouro, também conhecida
como capacidade de consumo e investimento de uma nação,
segue sendo assassinada.